Cultura

Com uma história densa de contornos universais, São Tomé e Príncipe é um mosaico cultural muito rico.

A população são-tomense é resultado da miscigenação entre portugueses e nativos oriundos da costa do Golfo da Guiné, Angola, Cabo Verde e Moçambique, assim se explica tal riqueza, bem patente na sua cultura (no folclore, na língua, na dança, na música, no seu ritual e na gastronomia.

Na área arquitetônica, a fortaleza de São Sebastião, a catedral da Santa Sé Igreja da Sé, situada ao lado do Palácio Presidencial, o Arquivo Histórico e outros tantos edifícios de inspiração barroca são espaços de visitas culturalmente enriquecedoras. O Museu, situado na capital, possui uma colecção de arte sacra e de reconstituição de interiores tradicionais da época colonial.

Ao longo do ano, cumpre-se o ritual e a veneração popular; são muitas as festividades religiosas celebradas de acordo com as tradições da Igreja católica e manifestações pagãs que animam as ruas das principais cidades, vilas e luchans.

Entre várias formas de expressão cultural no arquipélago, distinguem-se o genuíno Socopé (só com o pé, a Ússua, Puita, Djambi, o Tchiloli, Bligá, Stleva, Quiná, Vindes Meninos, Dêxa, Auto de Floripes, entre outras.
A arte plástica é um fenômeno cultural novo para Tomé e Príncipe. Pintores, escultores, artesãos de talento não faltam.

As companhias teatrais, denominadas “Tragédia”, que dão as representações de Tchiloli, são constituídas por cerca de trinta pessoas: todos homens que desempenham então os papéis das mulheres. Os papéis são hereditários, cada um dos atores possui o seu papel durante toda a vida e transmite-o aos seus filhos ou afilhados.


A dança
Tal como em todo o continente africano, a dança é parte integrante da cultura são-tomense. Ao longo do ano, as danças animam as festas, os rituais e as manifestações. Os costumes, os cantos, as saudações marcam a originalidade de cada dança.
  • Ussua
Nasceu no início do século XX, sendo uma dança praticada pelos “filhos da terra” de inspiração europeia: pas-des-lanciers, pas-de-quatre e minuete.

  • Socopé
É uma dança de origem africana: ritmo síncope, sensualidade, os textos criticam os acontecimentos nas comunidades. Etimologicamente, é uma dança que se dança “só com os pés

  • Puita
A puita e o semba designam a mesma dança. O semba foi introduzido pelos angolanos, deriva do caduque que era dançado em Luanda. A diferença é que o semba não venera os mortos como o caduque. O seu nome provém de um instrumento de música, uma flauta em bambú, denominada puita. Dança proibida na época colonial pelo seu carácter erótico, ela venera os defuntos.

  • Danço-Congo”
É a dança mais popular e a mais africana. Ela é praticada pelos Angolares que ficaram muito tempo fechados às influências europeias. É uma dança violenta, muito ritmada que mobiliza todo o corpo. Foi também proibida na época colonial e pouco apreciada pelos “filhos da terra

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